quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

I

I

Os meus dedos, velozes lápis
transcrevem melodias
monocordes
com delicado equilíbrio.
Um pássaro cansado
borboleteia
os efémeros
pensamentos
de felicidade.
Os meus braços se esticam
a futuros irregulares
fratais
fraturados.
Borboleteando
com delicado equilíbrio
monocorde.

Ro Palomera (Galiza)
Ganhadora do IV Concurso Literário «Rosa de cem folhas» organizado pelo Colégio Oficial de Psicología de Galiza, 2011.
(Públicado em Elipse núm. 3)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Do diário íntimo de Parker & Barrow (III)

Do diário íntimo de Parker & Barrow (III)


Ruído de fundo, distorções gaussianas
fora vai frio mas não chove.
Meu amor!
Mas as rulas cantarão
um blues de reanimação, um
RCP no novo ano
Para que podas levar as tuas esperanças
em cadeiras de rodas
vestidas com pele de guepardo
nas noites infindas
e sinalaremos num mundo
cheio de borboletas azuis
porque o azul precede-nos
o planeta disque é azul
se calhar como o sangue de aristocratas doutro tempo.
Full de reis e ases,
de abondo para continuar no jogo,
no jogo dos beijos
e de fluidos sexuais.
Perdemos toxinas suficientes
Para continuar lutando
enquanto uma cacatua
chisca um olho através duma janela
e sorri.



Alexandre Insua Moreira. (Vigo, 1978. Galiza)Foi colaborador na edição das revistas Panta Rei, Sirxe, e Cen Corvos de Xallas e coordenador editorial da revista Máis que palabras. Pertence á Junta Diretiva da Asociación Cultural O Castro de Vigo. E é o delegado para Galiza da revista Lavra... Boletim de poesia (Porto).
Livros coletivos: 18 - Unha antoloxía de poesia galega-portuguesa (2012), Doces Loucuras - Louvor aos sorrisos. Colectânea Poética (2013), Meis é poesía (2013), Alén do silencio (2014).
Está Licenciado em Filologia Galega e em Filología Hispânica, e especializado em Linguística Geral pela Universidade de Vigo.
Blog pessoal: Impostura de fumador.http://imposturadefumador.blogspot.com.es/


rosanegra [Rosa Martinez Vilas] (Armenteira, 1974. Galiza)Livros coletivos: A porta verde do sétimo andar  (2007), Acción Poética Penúltimo Acto (2010),  MULHERES entre poesia e luita (2011), 18 - Unha antoloxía de poesia galega-portuguesa (2012), Doces Loucuras - Louvor aos sorrisos. Colectânea Poética (2013), Meis é poesía (2013), Versos no Olimpo - O monte Pindo na poesía galega (2013), Versus Cianuro - Poemas contra a mina de ouro de Corcoesto, (2013), Alén do silencio (2014).
Ganhadora do terceiro premio de narrativa Manolo Lado com a obra A bruxa das Galanas, (2002). Ganhadora do terceiro premio de poesia Feliciano Rolán, co poemario Vacaloura dos meus soños, (2009).
Blog pessoal: Sete Bolboretas verdes. http://setebolboretasverdes.blogspot.com.es/
(Públicado em Elipse núm. 3)

domingo, 10 de janeiro de 2016

Os Karo


Os Karo na regiom do  rio Omo, Etiopia, som um  povo asentado na ribeira do devandito rio. Os Karo fam parte desse  mosaico multicor formado por um variado feixe de tribos de origem nilótica, entre os que cómpre destacar  a tribo  Hamer, com a que mantém um notável parentesco  cultural, a dizer dos lingüistas, que consideram  que ambos compartilham a mesma fala com variedaes puramente locais. Maior é a diferença entre elas  quanto a sua atividade económica. Os Karo nom estám tam vencelhados à  criaçom de gado, mas ao cultivo de espécies coma o sorgo, ou o milho, também à colheita do mel, e à prática da pesca e a caça.
Gostam muito de embelezar os rostos com pinturas e também com elementos vegetais. Os Karo, ao igual ca outros povos nilóticos som bravos e acostumam mostrar orgulhosos os seus fuzís Kalashnikov, que carrejam com eles a cotio.
Foto: Xiana Díaz. (Galiza)
Moça de 14 anos, afeccionada à fotografia e às viagens.
Texto: Alfonso Díaz [Foni]. (Galiza)
 Afeccionado à fotografia e às viagens.


(Públicado em Elipse núm. 3)